sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Minha carta sobre como não evitar lágrimas


Dizem que em tudo nessa vida se dá jeito, menos na morte. Até acho que sim... Mas há momentos sem volta, palavras que não deveriam ser ditas, coisas que doem na alma. Assim como o silêncio. De repente nos sentimos os serem mais incompreendidos do mundo, como se todos os outros não sentissem o mesmo. Parece que línguas que não se conhecem, tentam em vão se entender. Mas tentam, porque se querem bem. No entanto, tudo faz sentido. É como dizer adeus a quem se quer por perto, é como não evitar lágrimas, é como se perder nos novelos, sem partida, nem chegada. E quando não sou eu, sou também o outro. Imagem dupla, única. Frente que não é verso. Verso que não é frente. Frente e verso da mesma moeda. Hoje foi um dia bom.... daqueles que se guarda. Um  dia daqueles que não se repetem, que aprisionam, mas libertam, que doem, mas fazem bem. Dia de despedida. E que os anjos nos acompanhem. E não esqueçam de beijar nossas almas...
Vanessa

Um comentário:

  1. julho de 2011, CCSP. reflexão sobre coletar cartas (ou trecho da minha carta de despedida):


    eu hoje quero me despedir, com carinho e gratidão, daquilo que não sou mais.

    estou há horas observando as pessoas, atenta aos detalhes. é como se cada um fosse um mundo em si.
    simples encontros.
    desejo habitar o outro, compartilhar.
    movimento curioso, porém sereno.
    inquietude de si.

    DESPIR-ME.
    EXPOR!
    DESPEDIR-SE.

    "eu antes tinha querido ser os outros para entender o que não era eu. descobri então que eu ja tinha sido os outros e que isso era fácil. minha experiência maior seria ser o outro dos outros: e o outro dos outros era eu." (clarice)

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